Adriano Cangombe

(Angola, 1993)

Sobre a sua obra

O artista Adriano Cangombe não se limita a um único tema ou a uma única técnica criativa. Utiliza diferentes suportes para expandir o potencial reflexivo e narrativo dos materiais e objectos que nutrem as suas obras. As suas peças podem regenerar memórias familiares, o passado coletivo da casa, as memórias do seu pai e da sua mãe. Nelas, o trabalho plástico e poético incorpora os traços físicos do seu meio envolvente, os elementos do quotidiano, os referentes do espaço social, a capacidade de captar o tempo, de remeter para estados vividos.

Através dos formatos variados com que experimenta, o criador recupera a sua própria história, dialoga com o cenário envolvente, desnuda os fios temporais e afectivos da sua realidade para trazer à superfície tramas invisíveis, recuperar legados experienciais, reimaginar os seus tecidos micro-históricos e partilhá-los através da sensorialidade das obras.

Este processo de regeneração confere ao seu trabalho um carácter contra-hegemónico, através do qual as histórias descentradas e excluídas ressurgem do visível, bem como os seus espaços fragilizados e assimétricos. Uma operação que, por sua vez, faz resistir mundos de vida contra a violência que os faz desaparecer, questiona os eixos de poder em que se inserem as experiências mapeadas e problematiza o contexto social.

Percurso (resumido)

Egresado del Instituto Superior de Artes de Luanda, Angola.

Exposiciones personales

2023. Alusapo. Galería NDONGO 119. Luanda, Angola

Exposiciones Colectivas

2022. “X-files-Project”. AXI ROOM, Ilha de Luanda. Angola

2021. “O Fuckin Globo” VII ed. Luanda, Angola.

2019. 8ª edição do JAANGO (Plataforma Jovens Artistas Angolanos). Espaço Luanda Arte (ELA). Luanda, Angola.

2018. “Paradigma ano zero, alvorecer da arte como resistência”. Instituto Superior de Artes (ISART). Luanda, Angola